Retração da economia da Rússia pode voltar 30 anos de progresso

Previsão é que a economia da Rússia encolha 11% com a guerra na Ucrânia. Um dos grandes debates é o quanto o país será capaz de suportar com as sanções

REDAÇÃO | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR   Publicado em 09/03/2022, às 17h09

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A economia da Rússia pode encolher 11% com a guerra contra a Ucrânia. A situação econômica do país já sofria com o baixo crescimento e a volatilidade do petróleo. Depois das sanções dos EUA e outros países, o impacto pode ser imenso e causar uma redução de 30 anos de progresso. 

Por ser a terceira maior produtora de petróleo depois da Arábia Saudita e dos Estados Unidos, a produção russa é vital para a cadeia energética do planeta. Com essas restrições inéditas desde o ataque à Ucrânia, como a retirada de russos do sistema internacional Swift, um dos grandes debates é o quanto a economia da Rússia será capaz de suportar.

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Economia da Rússia pode estar em risco


O Goldman Sachs avalia que o PIB da Rússia caiu 7% e o JPMorgan Chase 11% devido a sanções. Antes da guerra, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava um crescimento de 2,8% este ano. Um choque dessa magnitude seria o maior desde o final da década de 1990, quando o país passou por uma grave crise de dívida na transição pós-soviética.

Neste cenário também não é possível comparar às sanções impostas pelo Ocidente após a anexação da Crimeia em 2014, que levou a uma queda do PIB de quase 4% no ano seguinte, mas desde então se recuperou, com muito menos cortes diretos com a Europa.

Um relatório feito por analistas do banco suíço UBS cita que existe o temor de que novas sanções sejam aplicadas, já que a guerra ainda não acabou e os países ocidentais não impuseram sanções às exportações de bens russos. A carta mostra ainda que alguns bancos estão se recusando a financiar remessas e compradores estão com receio de comprar petróleo russo e não receberem a entrega, por temer novas medidas.

População de Moscou pode sentir impacto no bolso

Economia da Rússia: desvalorização da moeda pode poder de compra no país
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Em Moscou, o banco central da Rússia elevou as taxas de juros de 9,5% para 20%, acima do nível mais alto estabelecido após a anexação da Crimeia. A autoridade monetária disse que a medida é "necessária para compensar a depreciação crescente e riscos de inflação".

O economista da empresa de análise Capital Economics, Liam Peach, comentou que as sanções vão afetar consideravelmente a saúde do setor bancário e a disposição de emprestar. Além disso, a depreciação da moeda terá impacto na inflação, o que afetará seriamente o poder de compra das famílias e economia da Rússia.

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