Quadrilha organizada em extração de madeira é alvo de operação da Polícia Federal, entre os crimes estão associação criminosa e obstrução da justiça
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 09/03/2022, às 16h06
Uma operação da Polícia Federal deflagrada na terça-feira (8) cumpriu seis mandados de busca e apreensão no município de Santarém, no Pará. Denominada como PAVÃO MISTERIOSA, a ação teve por objetivo combater os crimes de extração ilegal de madeira, associação criminosa, falsidade ideológica e obstrução da justiça.
Os envolvidos, suspeitos da prática de extração ilegal de madeira, tiveram os bens bloqueados em mais de R$6 milhões das contas de pessoas físicas e jurídicas. Se for confirmada a hipótese da prática de crime, os acusados podem ser condenados a mais de 15 anos de prisão.
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Para a operação, foi adotada uma logística especial para preservar todos os envolvidos na missão, no intuito de preservar a saúde dos investigados, testemunhas e policiais para evitar o contágio da Covid-19.
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O nome da operação faz analogia à literatura de cordel e associa a dificuldade em se desarticular a quadrilha, que fez uso de interpostas pessoas, laranjas e testas de ferro, para prática de crimes e consequente dificultar a investigação policial.
A extração de madeira ilegal em Santarém tem acontecido com frequência, a região promove o encontro entre o rio Tapajós e o Rio Amazonas.
A Polícia Militar do Estado já tinha desarticulado no mês de fevereiro, duas serrarias ilegais na região. Os crimes estariam acontecendo na região do Chapadão, a polícia chegou ao local após denúncias.
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) alerta que o desmatamento na região amazônica em 2022 pode ser o maior em 16 anos. Só para se ter uma ideia, a Amazônia poderá ter mais de 15 mil km² de área destruída até julho deste ano. O número previsto pelo instituto é o de 16,3% maior do que o período entre 2020 e 2021, que teve 13.235 km2 de área desmatada.
A área que está sob risco de devastação é considerada quase três vezes maior do que o Distrito Federal. No entanto, de acordo com o Imazon ainda é possível evitar ao menos 71% da destruição esperada para este ano.
* Com Ascom PF
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