Há prazo para sacar dinheiro esquecido? Cerca de 7 milhões já resgataram R$ 228 milhões

Desde o dia 7 de março, quando o Banco Central (BC) liberou o Sistema Valores a Receber (SVR) para pedido de saque de dinheiro esquecido em bancos e outras instituições financeiras, cerca de 7 milhões de pessoas já resgataram R$ 228,1 milhões que haviam ficado para trás.

O balanço dos três primeiros dias de acesso ao SVR foi divulgado hoje (7) pelo BC e abrange os pedidos realizados até as 17h desta quinta-feira (9). Uma única pessoa física conseguiu sacar R$ 306,1 mil hoje.

Porém, esse não foi o maior valor unitário pago até o momento. Desde o início do programa, o maior resgate individual ocorreu ontem (8), quando uma pessoa física retirou R$ 749,5 mil esquecidos. Em relação a pessoas jurídicas, a maior quantia resgatada chegou a R$ 54,5 mil.

Nesta nova fase do Sistema Valores a Receber, também é permitido resgatar quantias esquecidas por pessoas falecidas. O número de pessoas que pediram acesso aos valores de falecidos soma 991,8 mil. Somente nesta quinta, 116,6 mil herdeiros ou testamentários sacaram dinheiro.

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Fila de espera para pedir dinheiro esquecido

Na terça-feira (7), primeiro dia em que o SVR foi liberado, a espera média na fila virtual chegou a duas horas durante a manhã. No período da tarde, alguns cidadãos sequer conseguiram entrar na fila de espera devido ao grande volume de acesso simultâneo.

Porém, segundo o BC, ao longo da tarde o tempo de espera caiu rapidamente até ser zerado por volta das 17h15 do mesmo dia. Hoje, a autoridade financeira informou que não houve necessidade de formar fila virtual de espera.

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Prazo para reaver valores a receber

Quem tem valores a receber não precisa se procupar, segundo o Banco Central, pois a grana ficará sempre guardada na instituição financeira credora à disposição do interessado. Não há prazo para fazer o pedido.

O SVR permanecerá aberto para todos, sem interrupções programadas, para que cada um possa recuperar dinheiro esquecido no sistema financeiro. “Independentemente do montante, o recurso pertence ao cidadão e deve a ele ser devolvido”, destacou o órgão.

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Saiba como fazer o requerimento?

Cerca de 38 milhões de pessoas físicas e dois milhões de pessoas jurídicas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber. As consultas foram reabertas em 28 de fevereiro e a solicitação da transferência do valor que ficou retido pode ser feita desde o dia 7 de março.

A nova fase do SVR incluiu fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Após 11 meses fechado, foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado:

• contas-corrente ou poupança encerradas;
• cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
• recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; e
• tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

O site oficial e o único para consultar a disponibilidade de eventual dinheiro esquecido é o https://valoresareceber.bcb.gov.br/. Também é nele que se consegue solicitar a devolução dos seus valores, da sua empresa ou de pessoas falecidas, se for o caso. Vale ressaltar que não é cobrada nenhuma taxa para acesso aos valores.

O interessado em embolsar a grana deverá seguir o passo a passo indicado abaixo para requerer o saque:

• Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br;
• Faça login na sua conta Gov.br de nível prata ou ouro;
• Acesse 'Meus Valores a Receber';
• Leia e aceite o Termo de Ciência;
• Confira os dados; e
• Solicite o valor.

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Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, especialista em produção estratégica de conteúdo. Com mais de 10 anos de atuação na área, acumula experiência em redação de jornal online e assessoria de imprensa. Em 2018, quando atuava na agência FSB Comunicação, recebeu com sua equipe o prêmio internacional de melhor campanha em mídia social da América Latina, concedido pelo grupo Holmes Report. Também é advogada. No JC, escreve para as editorias de Sociedade e Concursos.