Medida pretende ajudar a combater a onda de ataques a escolas e creches, como o que ocorreu nesta quarta em SC. Ministro da Justiça defendeu a importância de uma mombilização nacional para a cultura de paz
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a liberação de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país. As rondas escolares são realizadas pela Polícia Militar ou Guardas Civis nas portas e arredores de unidades escolares e creches, como forma de reforçar a segurança pública nesses locais, que concentram grande circulação de crianças e adolescentes.
O objetivo é ajudar a combater a onda de ataques a escolas e creches, como o que ocorreu nesta quarta-feira (5), em Blumenau (SC), onde um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, matando quatro crianças e ferindo pelo menos outras três. A Polícia Civil catarinense informou que o autor do atentado foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.
Outra medida anunciada pelo ministério é intensificar o monitoramento de ameaças e planejamento na internet de ataques a escolas. Para isso, 50 policiais federais passarão a monitorar exclusivamente esse tipo de crime, a partir de uma central da Divisão de Operações Integradas (Diopi), vinculada à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do ministério, em apoio direto às polícias estaduais.
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Além disso, um grupo de trabalho interministerial será criado por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob coordenação do Ministério da Educação. O grupo envolverá os ministérios da Justiça e Segurança Pública, Saúde, Esporte, Cultura, Comunicações, Direitos Humanos e Secretaria-Geral da Presidência. O objetivo é combater a violência nas escolas por meio de medidas preventivas e políticas públicas integradas.
Durante 90 dias, o grupo criado coordenado pelo Ministério da Educação e que envolve também os ministérios da Justiça e Segurança Pública, Saúde, Esporte, Cultura, Comunicações, Direitos Humanos e Secretaria-Geral da Presidência, deverá sugerir diversas medidas, incluindo a eventual edição de decretos e projetos de lei para combater esses crimes.
Um dos objetivos do grupo será examinar mecanismos de regulação da internet, que vem sendo usada por grupos de ódio que incentivam esse tipo de violência.
O ministro da Justiça defendeu a importância de uma grande mobilização nacional em favor da cultura da paz, que conte com a participação de meios de comunicação, entidades privadas e sociedade civil, e inclua a adoção de protocolos para evitar a exposição excessiva dos autores desses atentados, que buscam publicidade.
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