O agora ex-presidente da Caixa Econômica sugere que as denúncias de assédio sexual teriam motivação política e eleitoral. Pedro também agradece a Bolsonaro
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 29/06/2022, às 18h41 - Atualizado às 19h36
Após a revelação dos vários episódios de assédio sexual com funcionárias da Caixa Econômica Federal, presidente do banco público deicou o cargo. Pedro Guimarães oficializou a demissão através de uma carta entregue ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (29). As denúncias foram publicadas pela coluna do jornalista Rodrigo Rangel, no Metrópoles.
“É uma situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade”, argumenta um dos funcionários do governo mais próximos de Bolsonaro. Guimarães é alvo de diversas denúncias de assédio sexual no qual constrange funcionárias e faz convites com teor sexual durante viagens do programa Caixa Mais Brasil e cotidiano dentro da instituição bancária.
Pedro Guimarães negou as acusações, destacando conquistas durante seu mandato e dizendo que valoriza "garantia da igualdade de gêneros" e "liderança feminina em todos os níveis da empresa". Ele assumiu a presidência da Caixa Econômica desde o início do governo Bolsonaro em 2019.
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O Ministério Público Federal (MPF) manteve a investigação em sigilo. Depois que as denúncias foram divulgadas, a ministra Ana Arraes, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), também ordenou que o tribunal analise os mecanismos de "prevenção e combate" da Caixa Econômica Federal ao assédio. Veja alguns trechos da carta de Pedro Guimarães no qual direciona a nação brasileira e, em especial, aos colaboradores e clientes da CAIXA:
“Na atuação como Presidente da CAIXA, sempre me empenhei no combate a toda forma de assédio, repelindo toda e qualquer forma de violência, em quaisquer de suas possíveis configurações. A ascensão profissional sempre decorre, em minha forma de ver, da capacidade e do merecimento, e nunca como qualquer possibilidade de troca de favores ou de pagamento por qualquer vantagem que possa ser oferecida”.
“As acusações noticiadas não são verdadeiras! Repito: as acusações não são verdadeiras e não refletem a minha postura profissional e nem pessoal. Tenho a plena certeza de que estas acusações não se sustentarão ao passar por uma avaliação técnica e isenta”.
Pedro, no entanto, diz que não poderia prejudicar a Caixa Econômica e o governo Bolsonaro. Ele levanta sugere que as denúncias de assédio sexual teriam motivação política e eleitoral com intuito de atacar o apoio que ele sempre recebeu de Bolsonaro:
“ …é com o mesmo propósito de colaboração que tenho de me afastar neste momento para não esmorecer o acervo de realizações que não pertence a mim pessoalmente, pertence a toda a equipe que valorosamente pertence à CAIXA e também ao apoio de todos as horas que sempre recebi do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro”.
Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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