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Privatização Eletrobras: Sindicatos prometem paralisação se MP virar pauta no Senado

O Senado pode colocar em votação a privatização da Eletrobras na próxima semana. Segundo o relator, até terça-feira (15) o texto será analisado pela Casa

Rede de Transmissão da Eletrobras
Rede de Transmissão da Eletrobras - Agência Brasil

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 11/06/2021, às 10h47

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Os sindicatos de trabalhadores, relacionados com a produção e transmissão de energia elétrica no Brasil, prometem uma paralisação de 72 horas, caso a MP (Medida Provisória) da privatização da Eletrobras entrar na pauta de votações do Senado. Os senadores têm até o dia 22 de junho para votar a MP, se o prazo for ultrapassado, ele perderá a sua validade. O texto já foi analisado e aprovado pela Câmara dos Deputados em maio. 

Na reportagem realizada pela agência de notícias Reuters, um líder sindical, que não quis revelar a sua identidade, declarou que a paralisação não impactaria na geração de energia no país, mas que poderia prejudicar as atividades de manutenção e elevar o risco para o sistema. Vale lembrar que o Brasil passa por uma crise hídrica, que afeta a produção de energia, e especula-se até um racionamento nos próximos meses.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ), Emanuel Mendes Torres, afirmou que já foi deliberado em assembleia a paralisação contra a privatização da Eletrobras. "Nós já deliberamos em assembleia, em todas as bases, por uma greve de 72 horas... Caso o Congresso, o Senado Federal, coloque em pauta a MP 1.031 na próxima semana”, destaca Torres.

O líder sindical aponta que a paralisação não vai afetar serviços de geração e transmissão de energia prestados pela Eletrobras, porém não terá troca de turno das equipes responsáveis por essas atividades durante a greve. Contudo, Torres relata que o protesto deve tirar das ruas equipes de manutenção. 

"A princípio, uma greve dessas não afeta o sistema. Mas a gente sabe que, num sistema tão complexo e gigantesco como a Eletrobras... Basicamente, quando você não troca o turno e não deixa o pessoal sair para fazer manutenção, é sempre um risco para o sistema”, finaliza Torres. 

Na última quarta-feira (09), o relator da MP da privatização da Eletrobras, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), afirmou que pretende discutir o tema já na próxima semana. Ele destaca que irá submeter o texto para discussão na próxima terça-feira, 15 de junho. 

“Se botar [a pauta da privatização da Eletrobras] na terça, a gente declara greve, porque já foi deliberada”, protesta Emanuel Torres.

Os sindicatos também querem realizar hoje (11) uma manifestação em frente à sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro, aproveitando o aniversário de 59 anos de criação da companhia. 

A estatal de energia elétrica é responsável por cerca de um terço da capacidade de geração de energia no Brasil e metade das instalações de transmissão.

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