O aumento da taxa de juros foi registrado para empresas e também pessoas físicas, mas essas suportaram maior cobrança; inadimplência do crédito geral atingiu 2,3% no mês
Mylena Lira | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 28/01/2022, às 16h02 - Atualizado às 16h38
De acordo com informação divulgada pelo Banco Central nesta sexta-feira, 28 de janeiro de 2022, a taxa de juros cobrada por instituições financeiras, como bancos e cooperativas, saltou e fechou o mês de dezembro em 24,4% ao ano. Essa porcentagem representa um aumento de 4,4% em comparação com a taxa em janeiro de 2021, quando estava em 20% ao ano.
Esse aumento foi ainda maior, de 20,6%, quando se analisa a taxa média de juros cobrada no crédito rotativo do cartão de crédito, que passou de 329% para 349,6% ao ano. A cobrança do rotativo é feita quando o valor total da fatura não é pago até a data de vencimento. Além disso, a taxa de juros ficou em 168,5% no parcelado do cartão e, no cheque especial, em 127,6%. Com isso, a taxa de juros total do cartão de crédito terminou dezembro em 63,9%.
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), atingiu 18,4% ao ano, uma elevação de 1,6 pontos percentuais em relação ao registrado em janeiro de 2021.
Já a inadimplência do crédito geral atingiu 2,3% em dezembro. Esse percentual ficou bem próximo ao menor valor da série observado ao final de 2020, quando estava em 2,1%. No crédito livre, esse indicador subiu 0,2 p.p. em 2021, encerrando o ano em 3,1%.
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Segundo o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito, o aumento da taxa de juros foi registrado tanto para empresas quanto para pessoas físicas. No entanto, pessoas físicas suportaram maior cobrança de juros.
Isso porque, enquanto a taxa média de juros dos empréstimos e financiamentos para as pessoas jurídicas subiu de 13,4% para 17,4%, os juros para as pessoas físicas passaram de 24,3% em janeiro para 28,7% em dezembro do ano passado.
O crédito às famílias cresceu 20,8%, ante os 11,2% registrados em dezembro de 2020. O crédito livre às famílias atingiu R$ 1,5 trilhão. O resultado aponta para uma aceleração no crescimento, já que em 2020 a expansão foi de 10,8%. O destaque vai para a expansão das modalidades crédito pessoal, aquisição de veículos e operações com cartão de crédito.
Em contrapartida, o crédito a empresas variou 11,1%, desacelerando ante 21,8% em 2020. Em 2021, o crédito livre para pessoas jurídicas alcançou R$ 1,3 trilhão, expansão de 18,3% no ano, resultado que ficou abaixo do crescimento registrado em 2020, quando ficou em 21,2%.
Para esse último grupo, “destacam-se os crescimentos nas modalidades de duplicatas e antecipação de faturas de cartão, conta garantida, aquisição de veículos e ACC. Destaque- se, também, a redução na modalidade de capital de giro até 365 dias, compensada pelo fortalecimento da modalidade acima de 365 dias”, de acordo com o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito.
*com informações da Agência Brasil
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