Usado no tratamento de uma das principais causas de mortes no mundo, a losartana teve a comercialização proibida em junho deste ano. Veja o que deve acontecer agora
Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 14/07/2022, às 22h55
Após determinar a proibição da venda e o recolhimento de medicamentos que contém losartanaem sua composição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anulou a decisão. O medicamento é um dos mais utilizados no país, voltado ao tratamento da pressão alta e de insuficiência cardíaca.
Publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (13), a nova medida da Anvisa reverte a decisão do próprio órgão que suspendeu a venda e a retirada dos produtos das farmácias em 23 de junho deste ano, após identificar lotes do medicamento contaminados com uma impureza decorrente do seu processo de fabricação.
A O Globo, a agência afirmou que após a análise de novos testes realizados com os produtos que contém losartana, foi verificada a inexistência da toxicidade identificada no início. O órgão reavaliou os limites de segurança e determinou que os medicamentos estão agora dentro do padrão da reguladora.
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A Anvisa estava monitorando os produtos que continham o princípio ativo da losartanadesde 2021. Foi então que verificou concentrações elevadas de “azido” nos produtos, substância química produzida durante a fabricação da matéria-prima dos medicamentos. O azido tem potencial para modificar o DNA de células do organismo humano e, por isso, a medida foi adotada.
O prazo estipulado para a remoção dos produtos das prateleiras foi de 120 dias. Porém, em apenas 21 dias o órgão revogou a decisão, alegando agora que a quantidade de impurezas encontradas nos medicamentos não apresentam risco à saúde. A ação da Anvisa teve influência da Agência Europeia de Saúde, que apresentou novos dados referentes aos medicamentos, apontando padrão de segurança adequado para a continuação da comercialização e a utilização dos remédios.
Agora, os lotes dos medicamentos que foram recolhidos devem retornar às farmácias e as vendas devem normalizar. Mesmo após decidir suspender a distribuição da losartana no final de junho deste ano, o órgão havia orientado aos pacientes que não interrompessem o tratamento com o medicamento, já que a insuficiência cardíaca é uma das principais causas de morte em todo o mundo.
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