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HPV: mais da metade da população brasileira possui o vírus; saiba como se proteger

O HPV é responsável por quase 100% dos casos de câncer de colo do útero no mundo. Infecção pode ser evitada com medidas de proteção oferecidas pelo SUS

Papilomavírus humano (HPV)
Papilomavírus humano (HPV) - iStock

Glícia Lopes

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 10/08/2022, às 15h36

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O HPV é a sigla em inglês para denominar o Papilomavírus Humano. Este é um vírus que infecta a pele ou mucosas das regiões oral, anal ou genital. Por isso, seu surgimento é associado a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), já que grande parte do contágio se dá desse modo, não sendo restrito a este.

A infecção afeta tanto homens quanto mulheres e atualmente existem mais de 200 tipos deste vírus no mundo. Desse total, cerca de 40 são associados ao contato sexual, podendo ser transmitidos pela vagina, ânus ou pênis. Alguns tipos de HPV são responsáveis pelo desenvolvimento de cânceres, sendo o mais comum o câncer de colo de útero.

De acordo com o Ministério da Saúde, 75% das mulheres sexualmente ativas no Brasil vão ter contato com o HPV em algum momento da vida, com maior risco na faixa dos 25 anos de idade. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), apontou que em 2017 mais da metade da população brasileira, cerca de 54,6%, apresentou contaminação pelo vírus HPV. Desse total, 38,4 % apresentaram alto risco para o desenvolvimento de câncer por infecção do HPV.

Ainda, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2022 estima-se o surgimento de 16.710 novas ocorrências de câncer do colo do útero no Brasil. Este câncer é o quarto que afeta mais mulheres, grupo mais suscetível a desenvolver casos graves da infecção.

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Fatores de risco para o HPV e prevenção

A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Isso aumenta a chance de risco de contaminação. Em alguns casos, a infecção pode permanecer em silêncio no organismo por anos, principalmente na população masculina, até que apresente sinais.

Os sinais do HPV podem surgir na vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. No entanto, as manifestações costumam surgir mais rapidamente em pessoas com imunidade baixa e em gestantes. Entre os principais sinais estão:

  • verrugas na região genital e no ânus (popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”);
  • eventualmente, pode surgir coceira na região das verrugas;
  • lesões não visíveis a olho nu (estas requerem exames clínicos e têm de baixo a alto risco de desenvolver câncer).

A principal forma de prevenção da infecção por HPV é por meio da vacinação, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde. No entanto, esta vacinação abrange apenas um certo público, devido à maior eficácia de proteção quando imunizado dessa forma. A vacina do HPV está, atualmente, disponível para:

  • Meninas de 9 a 14 anos;
  • Meninos de 11 a 14 anos;
  • Pessoas que vivem HIV;
  • Pessoas transplantadas.

Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou a aplicação da vacina do HPV para homens imunossuprimidos de até 45 anos de idade. Uma das formas de evitar o contágio é com a utilização do preservativo, a camisinha masculina ou feminina. Apesar disso, o vírus pode estar presente em outras regiões não protegidas pelo preservativo, como vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal.

Para complementar a proteção oferecida pelo imunizante, é importante que a população que não esteja na cobertura vacinal realize exames da região genital regularmente. São eles: o papanicolau ou preventivo (para mulheres) e a peniscopia (para homens). Estes exames devem estar na rotina de saúde dos brasileiros, devido à enorme incidência de infecção pelo HPV. É por meio deles que será possível observar alterações na região genital que podem indicar lesões pré-cancerosas, aumentando em quase 100% a chance de evitar o câncer.

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